domingo, 27 de fevereiro de 2011

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Eu causo nas pessoas um tipo de enjôo com meu jeito, com minha carência, com minha ânsia por atenção. Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.


 Cazuza

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Fiz tudo certo... Só "errei" quando coloquei sentimentos.

Clarice Lispector.

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Quando algo que você goste acabar, ou simplesmente ir embora, lembre-se que as folhas do outono não caem porque querem e sim porque é chegada a hora. (:

(Cristian Arza)



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Foda-se ?


Foda-se você, seus amigos, sua profissão, seu sorriso idiota e seu olhar quando diz que me quer. Eu simplesmente cansei de ouvir que sou tudo e no final me sentir como um nada.

E se o que você diz,  realmente não significar o que eu quero, o que eu preciso.  Eu só peço uma coisa, eu não preciso ouvir você dizer nada, o quanto eu sou linda ou o quanto meu sorriso te encanta.

Então não tenha medo de me amar, porque eu não o tenho.

Eu te amo, assim como você me ama e não ouse negar, apenas se entregue como eu me entreguei desde o momento que vi seu sorriso e seu olhar direcionado a mim dizendo tudo o que eu queria ouvir.

xoxo, Lorayne.

"E chega! Há anos peço o príncipe e só me mandam o cavalo." Tati Bernardi.


Oi gentee, me senti tão inspirada esses dias que resolvi fazer esse post. Enjoy.
gostou? comenta please. *--*

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Eu sou bonita, mas não sou bela.
Tenho pecados, mas não sou o diabo.
Sou boa, mas não um anjo.

Marilyn Monroe.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Eu nem te amo...


"É estranho como sinto saudades quando você vai buscar água. Aqueles segundos que separam o resto das suas canelas se perdendo no corredor com o pulo que você dá na cama.
Aí você volta cheio de pressa em se livrar de mim e eu penso que tudo bem. Você tem pressa até de se livrar de você mesmo. O problema não deve ser eu. E eu nem te amo mesmo. Só fui te visitar porque tenho preguiça de transar com qualquer um e se fico mais de 3 semanas sem sexo começo a arrumar confusão no trânsito.

Sua voz é chata e seu papo então, insuportável. Respiro aliviada e sugo o máximo de você, pra ter a certeza absoluta de que não é você. Não sonhei com você. Não quero passar minha vida ao lado da pessoa mais estranha do mundo. Imagina só ficar grávida de um homem que tem pavor de mulher com enjôo? Imagina só ficar velha ao lado de um homem que tem pavor da vida óbvia, cotidiana e imperfeita? Eu viveria infeliz.
Não é você. E lá vem você me perguntar porque é que estão todos casando, e falar pela trigésima vez que você vai acabar sozinho e não deve nada a ninguém. E lá vem você me olhar apaixonado e, no segundo seguinte, frio. E me falar para eu não sofrer e para eu ir embora e para eu não esperar nada e para eu não desistir de você. E eu me digo que não é você. Porque, se fosse, meu sono seria paz e não vontade de morrer.

Me despeço, já sem aquela dor aterrorizante, das partes de você que mais amo. Ainda que eu nem te ame mesmo. E me despeço das partes da sua casa que eu mais amo. Ainda que nada disso seja amor. E entro no carro já sem chorar. Os últimos três anos chorando por você serviram ao menos para me secar por dentro.
Preciso me aliviar. Mas dou até risada porque acabaram os caminhos. O mundo não suporta mais esse meu não amor por você. Meus amigos espalmam a mão na minha cara e já vão logo adiantando que se eu pronunciar seu nome, eles vão embora sem nem olhar para trás. Remédios só me deixam com um bocejo químico e a boca do estômago triste, mas não tiram você do meu coração. E escrever, que sempre foi a única coisa que adiantava para os dias passarem menos absurdos, já se tornou algo ridículo. Escrever sobre você de novo? De novo? Tenho até vergonha. Nem eu suporto mais gostar de você. E olha que nem gosto. 

É como se o mundo inteiro, os ventos, as ondas do mar, os terremotos, as criancinhas peladinhas brincando de construir castelinhos na areia , os carros correndo nas estradas, os cachorrinhos meditando nas gramas de todos os parques do mundo, a chuva, os cartazes de filmes, o passarinho que canta todo dia de manhã na minha janela, a torta de palmito na geladeira, a minha vizinha louca que briga com o gato na falta de um marido, um cara qualquer com quem eu dormi (e todos eles parecem qualquer quando não são você). É como se o mundo inteiro me dissesse: “hei Tati, ninguém agüenta mais esse assunto! Chega!”
E no meio da noite, quando eu decido que estou ótima afinal de contas tenho uma vida incrível e nem amava mesmo você, eu me lembro de umas coisas de mil anos e começo a amar você de um jeito que, infelizmente, não se parece em nada com pouco amor e não se parece em nada com algo prestes a acabar.

Lembro de você me dando mostarda de café da manhã na primeira vez que dormi na sua casa, de você com os olhos disfarçando uma lágrima porque a minha cachorra buscou a bolinha e era só uma desculpa para eu fechar a porta antes dela voltar. Lembro de você querendo fugir de um museu na Itália porque tantos dias longe de casa te deram uma espécie de bobeira e você achava que estava sufocando. Lembro da sua jaqueta com um sol nas costas e do seu cabelo espetado igual ao sol, do cheiro que você tem bem no centro da nuca, do gosto amargo de menino que tem pressa de tomar banho que você tem bem no fundo da orelha. Lembro de você olhando a bunda da minha amiga e logo depois me dando um abraço forte e dizendo “cadê mesmo aquela revista que tem um texto lindo seu?”. E lembro da primeira vez que eu te vi e te achei meio feio, vesgo, estranho. Até que você me suspendeu no ar por razão nenhuma eu tive certeza que meu filho nasceria um pouco feio, vesgo e estranho.

E então, no meio da noite, enquanto eu penso tudo isso, eu pergunto ao mundo todo que não agüenta mais esse assunto. Ao mar, às criancinhas peladas, aos cartazes de filmes, ao passarinho, à vizinha, aos cachorrinhos em meditação, à torta, aos carros, à qualquer um...eu pergunto: por que é que vocês todos estão tão cinza? Por que é que vocês não me ajudam? Por que é que todos vocês também ficam tão tristes quando ele vai embora? Por que é que todos vocês também morrem quando ele vai embora? Por que é que todos vocês também amam ele?"

- Tati Bernardi.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"Amor epidérmico...



 Seus pais foram jantar fora e deixaram o apartamento só para você, seu namorado e a tevê a cabo. Que inconseqüentes! Em menos de um minuto vocês deixam a televisão falando sozinha e vão ensaiar umas cenas de amor no quartinho dos fundos. De repente, escutam o barulho da fechadura. Seu pai esqueceu o talão de cheques. Passos no corredor. Antes que você localize sua camiseta, sua mãe se materializa na porta. Parece que ela está brincando de estátua, mas não resta dúvida que entrou em estado de choque. Você diz o quê? Mãe, a carne é fraca.

A desculpa é esfarrapada mas é legítima. Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha de W.O.

Você planeja terminar um relacionamento. Chegou à conclusão que não quer mais ter a seu lado uma pessoa distante, que não leva nada à sério, que vive contando piadinhas preconceituosas e que não parece estar muito apaixonado. Por que levar a história adiante? Melhor terminar tudo hoje mesmo. Marca um encontro. Ele chega no horário, você também. Começam a conversar. Você engata o assunto. Para sua surpresa, ele ficou triste. Não quer se separar de você. E para provar, segura seu rosto com as duas mãos e tasca-lhe um beijo. Danou-se.

Onde foram parar as teorias, os diálogos que você planejou, a decisão que parecia irrevogável? Tomaram Doril. Você agora está sob os efeitos do cheiro dele, está rendida ao gosto dele, está ligada a ele pela derme e epiderme. A gravação do seu celular informa: seus neurônios estão fora da área de cobertura ou desligados.

Isso nunca aconteceu com você? Reluto entre dar-lhe os parabéns ou os pêsames. Por um lado, é ótimo ter controle absoluto de todas as suas ações e reações, ter força suficiente para resistir ao próprio desejo. Por outro lado, como é bom dar folga ao nosso raciocínio e deixar-se seduzir, sem ficar calculando perdas e danos, apenas dando-se ao luxo de viver o seu dia de Pigmaleão.

A carne é fraca, mas você tem que ser forte, é o que recomendam todos. Tente, ao menos de vez em quando, ser sexualmente vegetariano e não ceder às tentações. Se conseguir, bravo: terá as rédeas de seu destino na mão. Mas se não der certo, console-se. Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter."


Martha Medeiros.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Amor próprio ?



 Definitivamente, elogios não são promessas. Beijos não são contratos e EU TE AMO, não quer dizer que vamos ficar juntos. E ainda vou mais além, os homens são todos iguais, ou melhor, homens e mulheres são todos iguais.
 Não é como se nós não soubéssemos que o interesse deles, na maioria das vezes são pelos seus seios ou pela sua bunda, seremos francas. Eles te elogiam, fazem você se sentir a mulher mais desejada de todas. E no final, vocês não são felizes para sempre. Afinal, você achou que era quem, a Cinderela? Você só foi mais uma, de muitas que já passaram e sofreram por ele. Entenda que ele conseguiu o que queria, e era só disso que ele precisava. Não queria seu amor, sua preocupação. Queria você, uma noite, duas, três, quantas vezes ELE quisesse. Porque você estava submissa à ele, à esse amor capaz de te cegar. E no final de tudo isso, você ainda acreditava que ele te amava por leves minutos que fosse.
 Mais agora, você tem amor próprio, finalmente você viu que ele era só mais um. Agora ele te liga e você ignora, ele te procura e você não quer recebê-lo. Ele a ama e você simplesmente o superou.
Contraditório, não?
Ele agora a quer, e você quer muitos outros.
 Talvez, ele só não soubesse que tudo que um dia vai, uma hora tem que voltar. E devo acrescentar, as vezes volta doce como fel.

Como dizia um velho ditado: "pisa que ele gama, gama que ele pisa."


Oi amores, quanto tempo. Realmente eu mal comecei a vida de vestibulanda e já estou cansada fisicamente e emocionalmente, vida social só virtualmente, muito triste. haha
Então, como eu fico o dia praticamente todooo na rua e fico escrevendo coisas na minha agenda, sem nexo ou não. Com o decorrer do tempo vou passar coisas que eu não acho tão idiota aqui pro blog, ah se eu conseguir ao menos respirar, com tanto curso que eu ando fazendo. Enfim, acho que já falei demais, espero que gostem.
Críticas são sempre bem-vindas. 

ps: esse texto foi escrito quando eu, vulgo a autora, estava revoltada com certas atitudes dos homens.

xoxo, Lorayne.